O G&M (Girth and Mirth) é um movimento da subcultura GAY, que existe a quase 40 anos, com grupos existentes nos Estados Unidos, Europa, Austrália, Asia, e Brasil. A palavra Girth and Mirth, literalmente significa “cintura e alegria”, ou seja, de forma geral, gordo feliz. Saiba mais sobre o G&M, clique aqui!
"Não fique chateado se você passar a vida inteira gordo. Você terá toda a eternidade para ser só osso!" Arnaldo Jabour
Pensei bastante no que dizer sobre esse assunto, mas vamos ver onde vai dar.
Bom, Meu nome é Henrique sou de Belo Horizonte - MG e no alto dos meus 26 aninhos sou
gordo desde pequeno.
Por muito tempo me achei o "patinho feio", principalmente na adolescência.
Ate conhecer meu 1° namorado... Foi ate engraçado como nos conhecemos.
Eu andando por uma avenida aqui de BH e o cara me para numa moto, e fala na lata se eu queria sair com ele... kkkkkkkkk
Naquele tempo eu ainda tava "no armário", imagine só como fiquei ao ouvir isso? Quase cai para trás.
Ele percebeu que fiquei meio assustado e só me passou o cartão dele com o numero.
Enfim... Nos encontramos e tempos depois começamos a namorar.
O que quero focar nesse "flash back" do meu primeiro namorado é que foi a primeira vez que senti alguém me achar maravilhoso por ser gordo, coisa que até então não tinha rolado.
Ser Chubby aqui em BH não é lá das melhores coisas.. kkkkkk
Não, eu adoro a minha cidade, aqui é um lugar muito bacana.
Mas em relação ao meio Chubby/Chaser/Chubby é muito fraco.
As vezes ate aparecem alguns gatos pingados, mas é muuuuuito difícil.
De vez em quando me pego pensando em morar em Sampa ou Rio. Vejo que lá a cena Chubby é muito legal, porém, como já disse adoro minha cidade.
Hoje não estou frequentando muito o meio GLS e quando freqüentava lembro-me de sempre ficar chupando dedo nas boates.. rsrs Todo mundo se beijando e eu no cantão... sozinho... snif,snif. Acho que devo passar pelos mesmos problemas de todos os gordos: Comprar roupa, roleta de ônibus, banco de ônibus, aqueles malditos bancos de plástico nos barzinho... kkkkkk
Mas enfim, eu não posso reclamar da vida não. Tenho uma família mais do que especial,
amigos(poucos) mas verdadeiros e...
É! Mais nada... Estou solteiro, snif, snif de novo... rsrs
É isso, espero poder voltar com mais textos e depoimentos depois.
Este mês convidamos o Carlos a dar uma entrevista a o super chubby.
lindo Fofão da Bahia vamos falar com ele de um assunto que sempre fiz polemica dentro do mundo ursino-bear-chubbie e dos gainers (ganhador de peso)
S. “Fala aê, meu Rei”, está tudo beleza?
C. “De boa, parceiro”. Seja bem vindo à Bahia, terra da felicidade, das festas e de muita coisa gostosa. Venha conhecer as delícias baianas.
S. Me fala um pouco de você Carlos
C. Sou baiano, tenho 30 anos e 128 kgs de gostosura
S. 128 quilos de gostosura?
C. Sim... eu acho gostoso de ser gordo. Gosto de mim assim. Nem sempre fui fofinho mas resolvi engordar para me sentir mais atraente.
S. Então você faz parte desse subgrupo chamado de ganhadores de peso?
C. SIM !
S. Pode me explicar melhor o que isso significa?
C. Com prazer Super! Dentro do universo ursino, existem alguns subgrupos ou subculturas. Uma delas é o chamado feederism (alimentar) ou weight gaining (ganhar peso). Consiste na prática de se alimentar o parceiro, ou a própria pessoa querer aumentar seu peso. Tais comportamentos derivam da satisfação sexual entre os parceiros envolvidos na alimentação, ou, ainda, a simples melhora da aparência de quem se dispõe a aumentar de peso, crescer a barriga, tornando-se, desta forma, para si mesmo, mais atraente.
S. Pode ser considerado um fetiche, ou para usar um termo mais específico, uma parafilia?
C. Pode sim mas também pode até ser um estilo de vida, a verdade é que esta sub-cultura já congrega diversos adeptos. Casais que se interessam no ato de engordar seus parceiros, para com isso obterem mais prazer e até mesmo um melhor relacionamento. Consideram o ato de ser alimentado e ganhar peso uma prova de amor, ressaltando a fidelidade, a confiança e cumplicidade dos parceiros. Quem se envolve nesta cultura sabe de todo o amor que existe nessa provação e que tudo isso acarreta num maior prazer para o casal.
S. Qual é a satisfação pessoal em ganhar peso? C. A pessoa sente-se mais viva, disposta, melhor consigo e com o espelho, alcançando uma forma física, antes reprimida, mas querida e esperada. São pessoas que, desde a infância, sentem-se a atraídas pelas formas avantajadas e pesadas. Da observação de desenhos animados, revistas infantis ou da admiração de pessoas gordas na rua, surge a vontade e o desejo, de um gainer (nome atribuído a quem ganha peso intencionalmente) a aumentar seu peso e a barriga. E assim sentir-se mais sensual, atraente, confiante e, principalmente, feliz, com seu corpo no formato físico que sempre sonhou, aliado ao fato de comer, aproveitar um dos melhores prazeres da vida, sem se preocupar com quantidades.
S. E como se ato de comer torna-se erótico? C. O ganhador de peso excita-se com as quantidades ingeridas, sabendo que vão ajudar-lhe a aumentar suas medidas. Tudo isso, desenvolvendo a liberdade pessoal de cada um, sabendo que pode dar ao seu corpo a forma que deseja e sentir-se bem com tal mudança. Assim, pode-se estabelecer metas de peso a serem alcançadas e, com isso, um desafio a si mesmo, em trabalhar para aumentar seu peso. Melhor ainda se houver um parceiro que incentive e ajude a realizar os objetivos e que haja prazer nesse estilo de vida. O fato de ganhar peso relaciona-se com a vontade ser maior, de crescer, de ter mais poder. Uma vez que o corpo do ser humano, desde as eras pré-históricas foi feito para acumular gordura, diante dos períodos de frio intenso e escassez de alimentos. Logo, engordar não requer sacrifício. É próprio do organismo, que já está adaptado para esse estilo de vida. Ressalta-se que esse estilo de ser decorre da vontade pessoal de cada um. Pela pessoa querer ser maior, mais pesada, mais forte e, assim, ser mais bonita, ter mais confiança e ser feliz, que é a finalidade maior. Não há maldade ou qualquer forma de diminuição pessoal no fato de se optar por esse estilo de vida. É opção da pessoa, do casal, seguir esse caminho e buscar a realização plena e completa de sua satisfação pessoal.
S. Já estou entendo melhor. Mas você sabe que tudo isso pode ser considerado como chocante o fato de alguém querer engordar assim. Estou pensando particularmente aos chubbies que têm essa "genética de gordo" que nem sempre vivem bem com isso; que sofrem de várias doenças como diabetes, pressão alta ou apneia?
C. Sim entendo, mas é da liberdade individual de cada um. Malhar demais também não é muito saudável. O que importa é encontrar um certo ponto de equilibro.
S. No brasil existe grupo ou comunidade de gainer?
C. Pelo que se sabe, não. Seria legal ter um espaço pra poder compartilhar com outros interessados.
S. Então Carlos, vamos fazer uma comunidade no Orkut para você poder compartilhar experiência sobre isso.
C. Vamos sim e já convido os interessado a se adicionarem nela
S. E o que você teria a dizer para os que se interessaram por este mundo?
C. Que fique bem claro que ninguém aqui está falando que engordar é a melhor coisa do mundo. Não! O que conversamos aqui é que dentro da filosofia GM, que prega a valorização e aceitação de homens grandes, há esse subgrupo gainer. Cada um é livre para seguir o caminho que melhor lhe parecer, desde que o faça por escolha própria, porque gosta, ou quer experimentar este estilo de vida, visando sua aceitação e sua felicidade. O amigo pode curtir e gostar da filosofia GM e ser saudável à sua maneira: praticando exercícios físicos, alimentação saudável, tudo que lhe faça melhor e bem.
Nesta entrevista, procuramos apresentar o universo de ganhar peso, como uma forma de integração destes optantes ao universo GM, mais completo e sempre aberto a novos membros. Em nenhum momento há apologia ou incentivo a ganhar peso deliberadamente
. E sim, sempre, com moderação, como forma de felicidade própria, autoestima e prazer. Além do que, pode-se, sim, ser um gordinho saudável, sabendo se alimentar da forma correta, respeitando seus limites e interesses.
Bom vou começar me apresentando a vocês. Nasci em Santos-SP no dia 05/12/1981 e como todo sagitariano sou uma pessoa alto astral e sincera. Sou o caçula de uma família de 4 filhos homens e o único gay da casa, a "ovelha negra", rsrsrs... Meu pai e minha mãe são "idosos" (ele tem 74 anos e ela 70 anos), mas vivem viajando e passeando pra lá e pra cá e curtindo a vida, acho que puxei a vitalidade deles, pois não paro quieto nenhum final de semana (tô sempre bagunçando por aí). Eu moro sozinho em São Paulo de aluguél e meus pais em Santos, com um dos meus irmãos (o solteirão da família) os outros dois já casaram e tenho 3 sobrinhas lindas (uma de um irmão e duas do outro, a mais nova é minha afilhada), tô sempre em Santos visitando a família e os amigos (são muitos e amo todos eles). Sou formado em Biomedicina, trabalho em um Laboratório de Análises Clínicas e realizo exames de sangue, urina e fezes (éca :p) e graças aos Deuses amo a minha profissão. Me considero uma pessoa bem sucedida, pois trabalho na minha área, pago minhas contas, faço o que eu quero quando quero e prezo muito a minha liberdade e a liberdade alheia (mais uma característica sagitariana).
Meu maior problema é o mesmo de uma grande partes dos gays, o preconceito dentro da família e fora dela. Minha mãe é tudo pra mim, sabe que sou gay e é super compreensiva e amorosa, mas meu pai... Ele é do tipo machista e antiquado e nunca tivemos um relacionamento muito bom. Eu sempre bati de frente com ele, pois somos de gerações diferentes e enquanto ele quer impor a vontade dele sobre os outros eu prezo a liberdade e a diversidade. Apesar de nossos desentendimentos, não posso reclamar dele como pai, pois ele nunca deixou faltar nada pra mim, sempre me deu tudo o que eu precisava, nem sempre o que eu queria, mas muitas vezes a gente quer o que não precisa realmente. Ele não sabe (ou melhor não enxerga) que eu sou gay, se ele prefere não saber e ter uma ilusão sobre mim não sei ainda se devo conversar com ele sobre o assunto ou se deixo tudo com está, penso muito nisso mas não me decidi ainda. Mas o fato de me esconder e, de certa forma, mentir sobre quem eu realmente sou, não é muito confortável pra mim. Acho que tenho a necessidade de gritar para o mundo: EU SOU GAY!!! Não convivo muito bem com mentiras e enganações. Mas tenho um pouco de medo do meu pai, cresci ouvindo da boca dele tudo de ruim que ele pensa sobre a homossexualidade e que se ele tivesse um filho gay ele iria bater até virar homem ou seria capaz de matar, tamanha seria a vergonha para ele. Então fico nesse dilema, porque apesar dos pesares eu amo ele, ele deu metade da minha vida que é o meu bem mais precioso e eu amo viver!!!
Acredito que em um mundo tão vasto e diversificado como o nosso, há espaço para todas as pessoas, religiões, culturas, gostos e sexualidades... O que falta hoje em dia é respeito entre as pessoas. O mundo seria tão melhor se cada um respeitasse as escolhas dos outros, o jeito de ser de cada um, a individualidade do ser humano, a condição sexual das pessoas (chamo de condição porque pra mim não é uma opção, nasci gay e pronto), profissão, religião, enfim... Cuida da sua vida que eu cuido da minha, nos respeitamos e não interferimos diretamente na vida um do outro, mas vivemos em uma grande comunidade interdependente, pois eu posso depender de você pra sobreviver de alguma forma e você de mim. Afinal ninguém é auto-suficiente, né!? O que seria do mundo sem os lixeiros, faxineiras, pedreiros, garçonetes, médicos, enfermeiras, engenheiros, advogadas, agricultores...
Sou uma pessoa super mente aberta, de bem com a vida e tranquila, sou um pouco tímido, mas tô trabalhando isso. A gente não consegue nada nesta vida sem dar a cara a tapa, lutar por nossos ideais, tentar, as vezes acertar e as vezes errar, ninguém é perfeito e nem dono da verdade. Costumo dizer que: "Errar é humano, perdoar é divino, mas persistir no erro é burrice". Então quando erro procuro mudar uma coisa aqui e outra ali para não errar novamente da mesma forma, mas continuo errando em outras coisas, pois temos que nos dar o direito de experimentar e de conhecer coisas, situações, pessoas, lugares... Como vou saber se gosto de algo se nunca fiz, nunca comi, nunca fui ou nunca vivi aquela situação!? A vida é um grande aprendizado, uma enorme troca de experiências, com possibilidades infinitas e lugar ao sol para TUDO!!! Além de ser gay também sou gordinho e sofri um pouco de preconceito por causa disto na adolescência e fiquei com alguns traumas por causa disto. Não gostava do meu corpo, tinha auto-estima baixa e timidez em alto grau. Mas ainda bem que a vida nos ensina muita coisa e tudo vai mudando ao longo do tempo. Hoje em dia sou praticamente outra pessoa neste sentido. Eu era retraído e não tinha contato com o mundo gay, sempre gostei de homens mas perdi a virgindade (que meigo, rsrsrs..) com 18 anos, com um amigo meu. Há pouco tempo que comecei a sair nas baladas e conhecer esse mundo colorido e no meio do caminho descobri o G&M, o que representa e que existem homens que gostam de gordos (peludos ou não), sejam eles outros gordos ou magros E sarados também (é difícil mas a gente encontra sim). Nunca transei com mulheres (sinceramente só de pensar... éca) e nem sei se isso acontecerá um dia, só sei que hoje não tenho essa vontade, mas...
Vou ficando por aqui, já "falei demais", rsrsrs... Espero que vocês gostem, pois este é o meu primeiro trabalho como colunista e o primeiro texto público que escrevo.
